sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Georges faz 46 anos

No inverno passado eu  fui convidada pro aniversário de um amigo novo que fiz por aqui. Georges. Sem quase nenhuma intimidade, já que era amigo de amigo de amigo, fui lá pra ver no que é que dava.
A casa de Georges me lembrou a minha casa em Salvador. Paredes coloridas,  reproduções de quadros clássicos em toda as partes nas paredes e música. Musiquinha baixa, fácil brasileirinha.
Os amigos do Georges, uma graça. Alegres, abertos, prontos pra comentar sobre quase qualquer coisa. De cinema a receita de comida. De casamento gay às mais baixas temperaturas de inverno.
E foi assim,  depois de tanto tempo sem escrever no blog eu resolvi dar o ar da graça falando disso.  Porque quando estávamos prontos pra ir embora eu perguntei ao aniversariante  uma coisinha de nada:
“O que você, do alto das suas 46 primaveras diria pra quem ainda não chegou lá?  O que se deve abandonar no meio do caminho, o que se deve levar consigo por mais tempo?”
Georges, um professor de xadrez profissional diga-se de passagem,  me respondeu  depois de uns segundos de silêncio:
“Deixar de lado o que não te faz bem e levar consigo o que te faz.  Dar menos importância ao que falam de você. Não se deixar levar por pessoas e situações que não te fazem bem.”

Mas isso a gente já sabe né? Botar em prática já é uma outra coisa :P.  É um exercício constante. Às vezes se perde a mão e por isso deve-se ter compaixão. Autocompaixão mesmo.  Isso aqui já é coisa minha, pensamento meu . De quem tava distante das coisas que ama, se perdeu um pouco no meio do caminho mas agora que voltar de mansinho. Como a música baixinha tocando na  casa no dia da festa do Georges. Que ainda exercita os seus 46 anos!






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