Com Cora foi assim:
Eu frequentava uma livraria que nem sei se existe mais
em Salvador. Se chama Berinjela. Tem livros usados, LPs, Cds, raridades e
afins. Tinha ouvido dizer que A editora
34 havia feito a proeza de publicar a primeira tradução direta do russo para o
português da obra de Dostoiévski. Enlouqueci. O nome de Rónai já não era novo
pra mim. Tinha lido a Biografia ilustrada escrita por ele sobre Balzac . Uma
diversão só :). E saber que as traduções que tinha lido do Dodô (pois é,
desculpem a intimidade) não eram diretas me deixou cheia de curiosidade.
Na hora do almoço fui fuçar o sebo de cabo a rabo.
Achei foi nada. Digamos, não o que eu procurava. Encontrei foi um livreto de
esquina com a parede. “Fala Foto” de Cora Rónai. Alegremente surpreendida
comprei-o e guardei pra ler na volta pra casa.
Voltei andando, sem saber que se podia escrever um
livro assim. Sem saber que fora o Paulo havia ainda sua filha. “Que maravilha ,”
pensei! Um socorro de bolso para esperar na fila do cinema, para ver o mundo de
outras formas.
Daí que esses dias, bulindo no site do jornal “o
globo” vi que Cora tem uma coluna. Decidi que vou acompanhá-la. E, que
coincidência – dessas do acaso com mania de grandeza* – dei logo de cara com um texto sobre
Montreal:
Pra ler toda quinta <3.
* Mário Quintana
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