Antes
de ir à expo do Chihuly, deu uma googlada básica. Me deparei com um texto de
2008 cujo título é "Chihuly, arte ou decoração?".
Dei
graças a Deus de não ser intelectual. Ele é belo e louco. Vivo como uma lagarta
de fogo. Eu gosto.
Sinto
um desafio visual pra encontrar todas as belezas que ele traz pra gente. É vidro,
plástico cor e liberdade!
Eu
gosto.
De
ver o líquido que com a ajuda do fogo toma formas imensas, a areia ministrada com delicadeza e assertividade. Ë
um trabalho monumental.
Parece
ficar no sublime do controle das forças da natureza. As externas como o fogo e
outros 3 elementos e as internas como a força humana da imaginação que nunca
terá limites. A obra pronta é o esforço pra que essas potências se encontrem,
se beijem e se amem. Desmedidas e mansas, explosivas e aromáticas. Sem que o
espectador suspeite de nada. Nunquinha que o mistério será totalmente desfeito.
Me
senti por vezes como num fundo do mar com as conchas espalhadas no teto de uma
sala no museu. Num universo paralelo habitado por um primo distante de Dante
Alighieri com o barqueiro à minha espreita para uma viagem de ácidos; numa
caverna na Chapada Diamantina com estalactites azuis da cor do fundo da alma de
uma criança; numa festa em um salão perdido no mundo de Atlântida, esperando um
garçom me servir a melhor gim tônica.
Deu
vontade de ser vidro também.
Eu
gosto.
"Ä água é certamente a coisa que teve a influência mais determinante no meu trabalho, na minha vida e em tudo o que faço"(tradução livre). |
Nenhum comentário:
Postar um comentário