16 de agosto, 1 h da madruga: o site do jornal Le Devoir anunciou num artigo a morte de Jean Charest . O Primeiro Ministro do Québec – grande representante do partido dos ‘sem-partido’ – teria morrido depois de uma crise cardíaca no Centro Hospitalar da Universidade de Montreal (CHUM). Enquanto a notícia se espalhava, logo de manhã o próprio Monsieur Charest en chair et en os*, como ele bem gostou de sublinhar, aparece em público pra dizer que ainda está lá. Vivinho da Silva, para espanto de quem quer que seja. É que o site do respeitado jornal, tinha sido atacado por um hacker.
22 de agosto, 11 h: o site do jornal Le Devoir anunciou a morte do Líder da oposição – o social democrata, representante maior do NPD (Nouveau Parti Démocratique du Canada) Jack Layton. Causa mortis: câncer.
Monsieur Layton pediu licença do Partido avisando que voltaria na rentrée – tempo em que o verãozinho começa a ter fim, todo mundo volta pra casa e toma tino na vida: estudantes, trabalhadores, etc. Avisou que ia tratar um segundo tumor – o primeiro, de próstata, fora curado – sem especificar o tipo da nova doença. E que em setembro, estaria pronto pra pegar no batente.
A notícia no Le Devoir caiu meio incrédula pra mim, apesar de tudo quase levar a crer que era um quase verdade, podia ser dessas verdades virtuais muito em voga...
Para meu pesar e espanto, era ‘verdade real’.
Não foi de se espantar a comoção no Québec, pompa e circunstância no velório em Toronto... A carta que Layton lucidamente escreveu no dia 20 de agosto foi divulgada por todos os cantos.
Político tende a ser engrandecido quando da sua morte, alguns mesmo tomam um ar magnífico e brilhante, mas eu diria que o Layton era um profissional da esperança – visão bem superficial, de que acaba de chegar no pedaço – e pra meu espanto, tão popular que flagrei uma manifestação pró-bigode no para –brisa de um carro. “Adieu Jack”.
* em carne e osso
http://www.ledevoir.com/
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