Este blog não é jornalístico, mas tenho que mencionar o acontecido no último dia 7. No centro da cidade, perto da Universidade do Québec em Montreal (UQÀM) duas pessoas morreram e uma delas recebeu uma bala perdida. Isso mesmo, a ‘especialidade’ dos chamados países em desenvolvimento. Sabemos bem que infortúnios acontecem em todos os lugares do mundo. Infortúnios desse tipo, ainda bem, causam algum choque embora não seja lá uma grande novidade.
Segundo fontes, um sujeito com uma faca revirava uma lata de lixo e em algum momento, ameaçou alguém com a tal arma branca. O ‘ameaçado’ informou à polícia o ocorrido, a polícia por sua vez foi à caça do ‘meliante’ (ufa...definitivamente não tenho talento para estórias policiais) desferindo assim alguns tiros durante a ação. As balas acertaram o alvo e também um transeunte, um cidadão comum que passava na hora errada no lugar errado. Os dois atingidos morreram. Os policiais envolvidos foram levados em estado de choque para o hospital.
Sem comentários.
No dia seguinte houve manifestação popular sobre a truculência e o despreparo policial. Ontem mesmo, uma reconstrução do crime – e mais manifestação. A imprensa, claro, fez do fato um acontecimento a ser repetido à exaustão.
Poucos momentos depois do ocorrido, eu estava no local sem saber de coisa alguma, apenas porque coincidentemente, tinha lá um compromisso. Vi uma movimentação estranha, mas jamais imaginaria que há poucos minutos atrás duas almas haviam se desprendido de seus corpos. Incrível como em um segundo você está, e em outro não mais está neste mundo. Em qualquer instante TUDO pode mudar. Para o bem e para o mal. Esse é o jogo da vida, eu sei. Confrontar-se com ele numa tarde ensolarada é – no mínimo – desconcertante.
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