Tava sempre pensando em voltar a escrever aqui e adiando. Até que, com aquela minha mania de ler dicionários aleatoriamente, abri a página na palavra blog.
Na verdade, primeiro
redescobri a palavra blogue – soube em 2011 que ela foi adicionada à lingua
portuguesa inclusive estando em uma nova edição do celebrado Houaiss.
E obviamente me dei conta que
blogue não é exatamente o que tava rolando por aqui. ;) É verdade que as definições se
transformam ou evoluem. Mas o caráter de diário caiu pelas tabelas há mais de ano.
O gelinho foi parar num limbo
do gênero cemitério dos dragões ou o lugar
onde coisas que foram perdidas se encontram pra tomar um café e perdem a hora.
Tipo um brinco que perdeu seu par. Anel que perdeu sua pedra. A gente fica na
esperança de que essa coisa perdida vai reaparecer e não quer se desfazer da
parte que ficou, pobrezinha. E esse grande momento quase-nunca chega. Eu também
não queria me desfazer da parte que ficou. Mas à espera do tal momento fiquei.
Não sabia exatamente o que estava esperando. Um sinal, talvez? O fato é que a
carta ficou esperando sua garrafa pra ser alçada ao mar.
Ai, ai, ai … fiquei na ponte
entre sensação bizarra de uma cara de pau do tamanho de um trem de voltar a
escrever como se tivesse postado na última semana (essa espécie de timidez
virtual tem ou não tem cabimento?) e a comichão de escrever como coisa inevitável,
redundantemente sem saída. Pra resumir a estória e não gastar a atenção volátil
que se dispensa nesses nossos dias de as garrafas lançadas na rede aqui e ali,
o gelinho tá na pista ;).
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