Um monte de gente se acotovelando
em condições megabizarras – banheira e água quente (elementos básicos na cidade
invernal até hoje) eram artigos de luxo, imagina? – resultou em índices de
mortalidade infantil assombrosos e uma onda de tifo.
Dizem que a coisa ficou pior
também com o crack da bolsa de Nova Iorque 1929. Mas antes disso, em 1883 a
construção de banhos públicos já era incentivada pela elite local. Eles
não queriam que as epidemias se
espalhassem. A solução foi acabar com carnaval de micróbios promovendo o asseio
público e a prática de esportes nesses piscinões nórdicos.
Hoje em dia são poucos ou
pouquíssimos na cidade. Com o fim das vacas magras os banhos tomaram um cunho
sexual e foram aos poucos sendo proibidos.
Montrealzinha guarda alguns como
símbolo do seu patrimônio histórico (olha o flirck aí, gente!). Como o Bain Mathieu. O espaço é usado pra
eventos como feirinhas de moda, bailes, festas... Foi assim que eu fui parar
lá. Era uma feirinha alternativa de moda vintage, a OldWIG com stands, bebida, música,
gente mergulhada no visu anos 1950, uma graça.
Uma amiga tem uma marca que tá
dando super certo, o MELANCHOLY BABY e eu fui dar aquela força.
A sensação é louca porque a piscina
tá lá imeeensa com as raias demarcadas, os azulejos azuis sorridentes e, claro,
VAZIA. A feira foi montada dentro da piscina vazia. Parecia uma festa na lua!Mas
todo mundo era muito moderno e aquilo tudo parecia muito natural. O que
destoava do contexto, aliás, destoavam eram meus olhos esbugalhados achando
tudo maravilhoso e original. Mergulhei nos brechós e nas músicas psicodélicas
que enfeitavam o ambiente. Nos cabelos, cores, gestos, sensações. E depois
voltei pra casa enfeitada de um luar estranho, que ainda não consegui decifrar;).
A planta do Bain Mathieu: o retângulo grandão é a piscina vazia |
A disposição dos stands descolados! |
Seu Alfred, fundador do Bain em 1931. A família aluga o espaço para eventos cool ;) |
Fonte: aqui :P
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