sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Grafites


Quem não papeava do lado de fora da sala de aula durante o curso de química, vai lembrar da ‘irmandade’ entre o grafite e o diamante. Eles são Alótropos, ou seja, têm o mesmo elemento químico: o carbono em arranjos diferentes. #sabichona :)
Percorrendo as ruas da querida Montreal, fico de olho nos muros da cidade. Na verdade, não são bem muros, são empenas (aquelas paredes laterais dos edifícios). As sem janela e portas dão quase sempre um show. Parecem que não querem só ser paredes, querem fazer graça! São imagens inesperadas com efeito de um 'cafuné visual'... Enquanto espero o sinal esverdear olho pro lado de lá e ....uaauu uma imagem me convida a viajar por alguns segundos sem tirar os pés dos chão.
Tem quem ache que arte de rua não é arte não. Que grafite é sujeira, é uma confusão de carbonos que não deu certo. Já eu, acho que esse negócio de se expressar tá com tudo. Que dá pra perceber quando o arranjo deu diamante. A gente sente,né? Porque é resultado de uma verdade interior que precisou ser dita. Que precisa dialogar de alguma maneira, para a vida ser leve, inesperada e certeira.
E o nome da cidade é...Grafite! :P


* Sei que as imagens mostram grafites e colagens, resolvi chamar de grafite o genérico de arte de rua se vcs não se importam ;).

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

David Lynch Party


Em julho, na região do Mile End houveram diversos encontros para assistir filmes do mestre do non sense, ou do cinema-sonho: David Lynch.
A cada semana, um pessoal doidinho que só – incluindo eu, só que disfarço bem ;) – ia ao bar pra assistir a um filme do Lynch.
Me fez lembrar a minha época de faculdade. Com um pessoal mais próximo, que atuava no centro acadêmico também organizávamos sessões do mesmo gênero. Foi assim que assisti ao Homem Elefante e Veludo Azul... Depois descobri que esse David era o mesmo da série Twin Peaks que eu acompanhava na TV. Não demorou muito pra ficar de olho quando um filme do Mister Sonho entrava em cartaz no circuito ‘de arte’ em Salvador. No final das sessões eu ficava com aquela cara de ‘não é possível, que é que esse cara tá querendo com esse filme?Que é que ele tá querendo comigo?’ Fiquei com  essa cara de tacho  principalmente em A Estrada Perdida e Cidade dos Sonhos. Uma História Real eu perdi e fiquei com vontade de ver agora, enquanto escrevo aqui :). 
No dito barzinho, no final da série de exibições rolou a celebração Twin Peaks! Foi um concurso de fantasia e apresentações de alguns covers de musicais dos filmes. Eu achei tudo muito divertido e mega engraçado. Não sou só eu a louca a gostar do DL! Talvez seja eu #aloka de gostar sem entender muito bem :P. O troço é que ele tá aí pela minha vida. Não posso negar isso, ora bolas! Quando acontece algo estranhão eu penso: coisa de DL. Tou num filme dele, minha gente! Foi assim quando mergulhava no porto (com meu tubinho) e um companheiro de mergulho (com oxigênio) falou que tinha visto um cavalo com as patas amarradas no fundo do mar. Aquela imagem nunca vai sair da minha cabeça. É David Linch puro... emoldurado com o mar azul de realidade. 
Beijomeliga, Laura Palmer! ;)