sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Exposição Jean-Paul Gaultier

Na década de 90 – quem lembra? – Madonna na Turnê ‘Blond Ambition Tour’ apareceu esfuziante com seu sutiã ao modo Jean-Paul Gaultier. Pareciam dois funis de cetim apontando para o público pagante, intrigado com aquela imagem digamos, inusitada.
Tem também o filme do Luc Besson , ‘O Quinto Elemento’, ‘Kika’ de Almodóvar...e acabou-se o meu vasto conhecimento a respeito do menino Jean-Paul, o enfant terrible.
O Museu de Belas Artes de Montreal virou uma casinha de bonecas meio gótica, meio soturna e cheia da liberdade saída da cabecinha geniosa do estilista. Poucos artistas podem ver a celebração da sua obra em vida. Estilista num museu?Também coisa rara de ver.
A exposição tinha uma beleza um tanto psicodélica com manequins que recebiam projeções dando a impressão de que eram meio humanos e meio robôs. Tanto que uma moça ao meu lado perguntou impressionada: “É gente?”.
Coisa fofa foi ver o ursinho do Jean-Paul. Aos 6 anos idade ele fez com jornal e cola o que seriam os tais sutiãs da Madonna que eu citei agorinha acima. E a prova foi feita no seu ursinho de pelúcia.Mais vanguarda do que isso, nem pensar...rs.
 Ainda na infância do estilista, segundo seu próprio depoimento, sua avó foi a figura feminina que o fazia sonhar. A imagem que ele tinha dela era de pura elegância. Ao mesmo tempo ele tinha a ‘consciência’ de que ela era démodé, assim meio diferente das outras mulheres.E era justamente isso que o fascinava. Tinha em sua casa chapéus pretos de crepe, corpetes do começo do século passado. Puro cinema. Acho que para ele a vovó era mesmo encantada. Eu diria como uma bruxa do bem,sabe? E como tal, contava um truque para se ter uma cinturinha de pilão: beber vinagre antes das refeições, para contrair o estômago. E em seguida colocar o espartilho. Nada cientificamente comprovado, meninas...desolé ;)

"É gente?"

O fetiche Navy!

Ursinho pré-Madonna :)

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Off-putting behaviour

Confesso, confesso, estava empurrando com a barriga – faço o mea culpa –  e acabei não pintando por aqui...
Mas mesmo depois do verãozinho ir (no último 21) ainda deixo umas pílulas das coisas que eu vi ainda quando ele estava por aqui:
  • Panfletos do governo, fazendo recomendações sobre a canicule (de que falei no post Experiência Antropológica II) bemmm didático.Quem tá no Brasil pode ficar com as preciosas dicas!Ihihih!





Conjunto de expressões artísticas que celebra o retorno das férias /verão (la rentrée). Uma belezura!DJ’s –amo muito música eletrônica –  músicos do metrô, artistas plásticos,etc,etc.
A raindance me fez ficar viciada em chuva. A ideia era controlar a melodia que nascia com um jato d’água .
De acordo com a altura do jato, que a gente controlava com um guarda-chuva, a música vinha mais ou menos grave. Mais ou menos ritmada. Só saí porque atrás de mim tinha uma fila.Gente que também quis provar o barulho da chuva que nem eu – mas repeti algumas vezes. Assim como repeti o chocolate enquanto via o movimento dos pernas-de-pau que faziam suas estripulias.Essa cidade está querendo me seduzirrrr :P.
E você? Escuta o que te diz a chuva?


domingo, 11 de setembro de 2011

Méquedô


Eu e sei – e  vcs, muito mais do que eu – que o Mc Donald’s a McRede Mundial (ihihih) está em quase todo cantinho do mundo ... tanto que em 1986 a britânica The Economist criou o tal  índice Big Mac baseado no seu sanduíche mais famoso e mais gostoso – segundo eu mesma ;)
Ainda assim, nunca tinha tido notícia de que em um desses países em que ela se instalou, tenha sido acoplado à sua marca – o conhecido M amarelão – um símbolo tão nobre e genuíno como o da bandeira. Figura nacional intocável em algumas culturas.
Vi com um espanto jeca – de nordestina abestalhada :P – que a folha do bordo, que estampa a original bandeira do Canadá, está lá. Nas lojas da rede Mc Donald’s das bandas daqui de cima. Não sei se me perdi na minha adolescência em que tudo o que era americano – estadunidense, meu chapa – suscitava um discurso pseudomarxista ‘ultracontracapitalista’.Mas se metessem um elemento da bandeira num tipo comercial estrangeiro dessa monta no Brasil...xiiii se não causasse estranhamento extremo ou choque anafilático...daria samba. :)


*Sobre o índice Big Mac, o saído em julho atestou que o Real é a moeda mais cara do mundo. Dá uma olhadinha.




sábado, 3 de setembro de 2011

Festival des Films du Monde

No mês de agosto, olhos atentos ao 35° Festival des Films du Monde. As salas de cinema ficaram com filas na porta. E não era terça dia do tal rabais (desconto) nas salas. Muitos, muitos filmes me despertaram o gostinho de ir ver:
·            Black Butterflies (Alemanha/Holanda/África do Sul) de Paula van der Oest
·            Corações Sujos (Coeur Sales/Dirty Hearts) do Brasileiro Vicente Amorim
·            Coteau Rouge do canadense André Forcier
·            Hasta La Vista (Come as you are) do Belga Geoffrey Enthoven

Mas, olha são centenas de filmes que nem dá pra listar. Eu fiquei também com as reapresentações, da cinemateca ‘recente’ quebequense: então segue breve lista su-per  re-com-men-do! 
   Incendies ,de 2010 (Dennis Villeneuve)
   French Kiss, de 2011 (Sylvain Archambault)
   Piché entre le ciel et la terre, de 2009 (Sylvain Archambault) a estória de Robert Piché um comandante que salvou espetacularmente um avião de pane de combustível mas...tinha um passado meio complicado de piloto pra traficante de drogas. Coisas da vida,né? Dessa coisa híbrida Graças ao Caos, que é o ser humano.
    Funky Town, de 2011 (Steve Galluccio) Sobre personagens de Montreal em 1976
    Les Amours Imaginaires, de 2010 (do prodígio Xavier Dolan) – tem q ver!!!
Tinha também a exibição de musicais clássicos na praça, ao céu aberto...uma delicinha. Reparei  numa coisa: nos programas dos filmes nenhum deles tinha a 'classificação' drama/comédia/suspense só, claro documentário, era a única discriminação visível. Moderninho,hien? Minha sala de cinema preferida? A Imperial.Uma fofura meio anos cinquenta, com um glamour que dá cara de cinéfilo a todo mundo que entra, até eu!